Montana voa em céu de brigadeiro

30/04/2024 | Geral

O Montana é uma raça composta, desenvolvida no Brasil há mais de 30 anos com base em importantes ferramentas do melhoramento genético.

O Montana combina adaptação e rusticidade com ganho de peso, precocidade sexual e carne de qualidade. O foco do trabalho sempre foi produzir animais que trabalham e se desenvolvem bem a campo, fêmeas que emprenham mais cedo e machos que chegam ao abate jovens e com carcaças bem terminadas.

Para atingir esses objetivos, o Montana é geneticamente avaliado pelos geneticistas da USP/Pirassununga, que geram DEPs apoiadas pela genômica tanto para características produtivas, reprodutivas e de carcaça, uma vez que os animais são avaliados também por ultrassonografia de carcaças.

De acordo com Gabriela Giacomini, superintendente técnica da Associação Internacional de Criadores de Montana, “estamos vivendo nossa melhor fase! Trabalhamos sempre com muito foco e os objetivos foram atingidos, tanto os criadores de Montana como os clientes estão colhendo resultados impressionantes”.

A Estância da Gruta, de Capão do Leão (RS), um dos fundadores da raça, vem colhendo resultados muito interessantes. “Fizemos um levantamento dos resultados das cinco últimas safras e apuramos peso de desmama geral de 252,5kg, média de 2376 animais avaliados. Os resultados de prenhez também nos trazem muito orgulho, com média geral de 85,12%,com 5089 fêmeas avaliadas e média de 93% das novilhas super precoces”, informa Anna Luiza Sampaio Quinto Di Cameli, titular da Estância da Gruta.

A pecuarista também comenta que, no Rio Grande do Sul, o problema com infestação por carrapatos se agravou nos últimos anos e o Montana se apresenta como uma excelente solução. “Como o Montana é uma raça composta, utilizamos alguns touros com maior porcentagem de zebu (nelore) na composição racial, o que nos ajudou muito no combate aos carrapatos, sem abrir mão das características que valorizamos como a carcaça superior e o caráter mocho”.

A resistência ao carrapato sempre fez parte das características avaliadas pelos criadores de Montana e, atualmente, o banco de dados conta com mais de 80 mil animais avaliados. Destes, cerca de 80% foram classificados como resistentes e os animais inferiores são descartados, ou seja, a seleção para resistência ao carrapato é levada muito a sério pelo Montana.

José Pavan Neto, presidente da Associação de Criadores de Montana e titular da JP Agronegócios (Três Lagoas, MS) também está colhendo resultados positivos com o Montana. O pecuarista investiu numa marca própria de carne premium, baseada em novilhas Montana. “Com o Montana, conseguimos uma carne de qualidade premium, que alia cobertura de gordura e marmoreio na idade ideal, com animais muito bem adaptados e, principalmente, com contribuição de zebu, o que nos diferencia da F1 britânica comum”, informa Pavan.A Associação Internacional de Criadores de Montana realiza avaliação genética de rebanhos de seleção e rebanhos comerciais. Os associados produzem touros e novilhas Montana com CEIP (Certificado Especial de Identificação e Produção) e têm acesso à avaliação genética completa de seus animais. Para saber mais, acesse www.montana.org.br

Crédito do texto: Gabriela Giacomini, superintendente técnica da Associação Internacional de Criadores de Montana
Crédito da foto: Edu Rickes

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